Anita Garibaldi - L' Apogee

Olá.
Tudo?
Tudo!
Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, foi a companheira do revolucionário Giuseppe Garibaldi, sendo conhecida como a "Heroína dos Dois Mundos". Ela é considerada, até hoje, uma das mulheres mais fortes e corajosas da época.
Descendente de portugueses (SÓ PODIA!) imigrados dos Açores à província de Santa Catarina no século XVIII, provinha de uma família modesta. O pai Bento era comerciante em Lages e casou-se com Maria Antônia de Jesus. Anita era a terceira de 10 filhos (6 meninas e 4 meninos).
Tinha ela 18 anos quando se encontrou com Giuseppe Garibaldi. Ele tinha 32 anos. Garibaldi tomava parte das tropas farroupilhas de Davi Canabarro, em julho de 1839, que chegaram para tomar Laguna e formar a República Juliana.
Ao chegar a Laguna, a bordo da embarcação "Itaparica", tomada do inimigo e armada com sete canhões, Garibaldi observava com uma luneta as casas da barra de Laguna. Observou então, em um grupo de moças que passeava, uma jovem cujo rosto conquistou sua imaginação e seu coração. Providenciou um barco, foi até a margem e depois até o local onde a tinha visto, porém não a encontrou.
Tinha perdido a esperança de encontrá-la, quando um habitante local o convidou a ir a sua casa para um café. Garibaldi aceitou e na casa encontrou a jovem que procurava. Assim Garibaldi relata o encontro em suas memórias: "Entramos, e a primeira pessoa que se aproximou era aquela cujo aspecto me tinha feito desembarcar. Era Anita! A mãe de meus filhos! A companhia de minha vida, na boa e na má fortuna. A mulher cuja coragem desejei tantas vezes. Ficamos ambos estáticos e silenciosos, olhando-se reciprocamente, como duas pessoas que não se vissem pela primeira vez e que buscam na aproximação alguma coisa como uma reminescência. A saudei finalmente e lhe disse: 'Tu deves ser minha!'. Eu falava pouco o português, e articulei as provocantes palavras em italiano. Contudo fui magnético na minha insolência. Havia atado um nó, decretado uma sentença que somente a morte poderia desfazer. Eu tinha encontrado um tesouro proibido, mas um tesouro de grande valor." (todas se emociona!)
Depois, yada, yada, yada, pancadaria, fuga, valentia, bravura, soldados, batalhas, blábláblá, capturas, evasões, nhónhónhó, morte trágica no parto, desgosto e máinãoseiquê.

La Pogee - Anita Garibaldi

Sei dizer que este bebé já é antiguinho, basta ver que o frasco da L'Apogee  ainda é daqueles altamente farsolas, com um glitter manhoso nas letras e com a grafia antiga "La Pogee", mas é um toluenozinho que eu sempre desejei ter, desde que soube da sua existência. Para já porque aprecio deveras a sonoridade do nome da brava guerreira! Anita Garibaldi! É divertido, é tchanan! Um dia que tenha uma filha chamo-a de Anita Garibaldi Robinson Pereira! Manda sainete!
Depois porque esta cor de lodo, de lama com ranho, de estábulos não-limpos cobertos de cocó de vaca e cavalos, sei lá, apelou à minha imaginação.
Embora só lembre lixo e nojisse, a verdade é que consegue-se transmutar totalmente e ficar até chique nas unhas! Bizarro, certo?
Duas camadas chegaram para uma cobertura completa e fácil da unha. Secagem rápida, pincel normal... cor única!
Acho que não tenho nenhuma gosma exactamente igual ao Anita.
É só por dizer que (tal como grande parte dos meus L' Apogee's) chegou às minhas mãos totalmente decantado. Era uma coisa altamente perturbadora porque a cor, à partida, já é suficientemente blhec e "monstro da lagoa" por sí só, mas com os laivos bejes, meio ocres que trazia, metia realmente um certo nojo.
Não foi fácil voltar a homogeneizar a cor, mas chafurdando com um palito lá se conseguiu um look decente no frasco.
Por dentro, a gosma em sí que se aplica na unhaca, estava impecável. Nada de falhas na cor. Dá para aplicar sem stress e sem medo de que o produto esteja estragado.
E pronto. Não fiquei nada desiludida com a Anita. A gosma é exótica e arrojada, tal como a própria xodona Garibaldi foi em vida. E acredito que a cor que agora podemos ostentar artificialmente sobre as unhas, que fosse a cor que estivesse presente naturalmente por baixo das dela, diariamente. Gente que se espoja na lama e tal, já se sabe.

Natal - Fina Flor

Olá.
Tudo?
Tudo!
Ora se a maldita caixa não se tivesse perdido pelas ruas de São Paulo e máinãoseiquê, esta gosma poderia ter sido usava temáticamente no dia 24 de Dezembro.
Como o contentor de visco não trazia bussola e o caixote se me chegou às mãos a meio de Janeiro, na mesma não perdi tempo a enfiar com esta talha dourada no retábulo que são as minhas unhas.
Aqui se prova que, realmente, Natal é quando uma 'ssoa quiser. (peço desde já desculpas, mas não tinha como evitar este chavão)

Fina Flor - Natal

O Natal da Fina Flor foi mais desejado aqui pela bebé do que o feriado religioso que dá pelo mesmo nome. Eu ando numa fase munta maluca de querer altos dourados para a unhaca e, quando vi esta natividades dos toluenos nos blogs da vida, soube que este seria o Messias das gosmas. Nascia assim não o menino, mas a minha obsessão por esta baba.
A sorte é que eu tenho amigas que são autênticos Reis Magos e trazem presentes de terras distantes aqui á bebé. A Márcia (amiga do fundo da alma, que nem a morte irá separar), fez questão de mandar lá de Belo Horizonte, não incenso, não mirra, mas este ouro líquido que me deixou encantada.
Duas camadas e muito brilho são o resultado da utilização deste visco. Maravilhoso de aplicar, secagem super rápida, um pincel que simsenhor.
Pintem as unhas e comprem um a mais para pintar as auréolas dos anjinhos. Isto é ouro puro! E do bom.

#04 - Lychee Drink - Skin Food

Olá.
Tudo?
Tudo!
Mais uma vez fui levada à loucura pelos malditos coreanos!
Já não bastava ter dito adeus a uma consideravel quantia de dinheiro que foi entregue em troca de Periperas e Etude Houses da vida, agora lá fui eu vender orgãos internos para o mercado negro para poder adquirir esta maldita garrafinha de visco! 

Skin Food - Lychee Drink

Pormenor do Cupido

Para já começo por dizer que em lugar algum deste frasco está a menção a que isto se chame de Lychee Drink. Então como é que eu sei que além de #4 ele se chama de Lychee Drink? Estava no site do vendedor.

E ajuda bastante ao "larganço do carcanhol" o facto de isto ter um nomezucho, verdade?

Ajuda também o facto de isto vir num frasco que lembra o bom e típico vinho Gatão. Aliás, eu se fosse aos fulanos que fabricam e engarrafam esta urina de felino disfarçada de néctar de Baco, na boa que processava os coreanos de uma figa que se lembraram de usar tão exclusivo design vidreiro.

Já se sabe como são os orientais, certo?  Devem ter feito um tour pelas caves Gatão, Nikons ao pescoço, e tchaca tchaca tchaca, grandes angulares a disparar em direcção às míticas garrafuchas. Depois nem um kamsa hamnida! Malditos!!!

(isto foi só um pretexto para vos indicar que eu sei como se diz "obrigado" em coreano... enfim).

Bom, sei-vos dizer que isto cobre em duas a três camadas e todo o processo de aplicação é tranquilo. A cor é um rosa Barbie simpático, nada de transcendente, e a gosma vale mesmo é pelo frasco que, concvenhamos, é das coisas mais amorosas ever. Viram o pormenor do Cupidinho na tampa? (todasfaz "Owwwwwww").

Aproveitando as palavras finais para deixar aqui uma consideração e um aviso: embora isto seja uma garrafinha, nada de meter isto às beiças e buber, hãn?! Acredito que, embora seja cor de rosa e com um ar inocente e tal e que até se chame de bebida de Lichia, que isto é capaz de fazer pior às entranhas que a mais hedionda cachaça de alambique! Tudo bem que morriam s'per féxium, com um fígado todo cor-de-rosinha e máinãoseiquê, mas à mesma será de contrariar esse impulso, ok? Prontoooo....

Cliché Vs. Risqué

Olá.
Tudo?
Tudo!
Confesso que, quando se me deparei pela primeira vez com esta marquinha portuguesa, que achei o nome da mesma ligeiramente tosco, mas que não associei aquilo que, agora vejo, é o ovo de Colombo.
Blábláblá, lá andavam eles discretamente, a lançar as suas gosminhas baratas e simpáticas, mas tudo no maior dos low profiles. As cores eram todas iguais, embora o catálogo possua umas sete mil e seiscentas tonalidades. Fosse Mão Real, Gota Rubra, Inveja, Caravela ou whatever, era basicamente tudo vermelhos. Depois havia uns 18 castanhos, uns 14 tons diferentes de branco, 600 rosas e arroxeados e pouco mais.
Na mesma fiquei fã de uma marca totalmente lusitana, 100% hipoalergénica e que, por apenas um euro ou menos, nos dava 11 ml de abundante visco.
Até aqui tudo bem.
Mas agora é que a marca revela o seu verdadeiro intuito!! Ela é, nada mais nada menos, que um pseudo clone da Risqué! Ahhhhhhhh, faz-se luz!!!! Cliché, Risqué.... como não vi isto antes??
E eu pergunto: e isso é mau?
E eu respondo a mim mesma: pelo contrário! Isso é óptimo! Porque eu sou forreta demais para largar 2.50€ por cada Risqué e porque, quando eles finalmente cá chegam, já são considerados velharias no Brasil.
Mas assim, assumam-se, pelo menos. Porque isto de uma pessoa ficar a olhar para um conjunto de gosmas e a pensar "humm, onde é que eu já vi isto antes" pode até ser perturbador.
Assim sendo, cá vamos nós:
A Risqué Cliché lançou de uma tacada só, duas colecções inteirinhas no mercado. Isto, claro está, sem dar trela nenhuma para as blogueiras que puseram os blogs à disposição da arrogante marca para que enviassem os devidos press releases a informar das coisas. Boa jogada, Cliché!!
E foi mesmo por serem as duas juntas, e sem intervalo de maior, que deu para ver que se tratava da colecção Primavera / Verão e Outono / Inverno da Risqué.
A primeira é a que vos trago hoje, a Penélope Charmosa - parte II. A segunda colecção é a Color Effects. Se é verdade que a primeira está muito bem conseguida, também é verdade que a segunda deixa um bocadinho a desejar, mas isso são cenas dos próximos capítulos.
Vamos então cuscar a Penélope Charmosa, na versão Cidades ou Ilhas ou sei lá qual foi a intenção da Cliché. Os nomes são, para variar, do mais aleatório e não-apelativos possivel.

Não sei se isto vos lembrou alguma outra colecção, de alguma outra marca, de algum outro país... mas creio que não! (sim, ironia) Em qualquer caso tratar-se-à da mais pura coincidência (mais ironia).

Vamos começar pelo Copacabana, que achooo que não é uma ilha, (adivinhar a figura de estilo) e que é a minha cor favorita em termos de gosma.
Não resisto a um amarelo pastel, mesmo sabendo que é o Satã em pessoa para aplicar.
Este amarelo, não vou dizer que foi fácil, mas não é dos piores. Três camadas generosas e aplicadas com um certo nivel de mestria, porque um amarelo já se sabe, é aquela base...

Cliché - Copacabana

Agora avancamos para Cancun. Cancun, diga-se de passagem, é o tipo de destino turístico que me faz sempre lembrar o Barco do Amor. É impressão minha ou ía-se muito para Cancum a bordo do Pacific Princess?

Bom, seja como seja, o Cancun é dos mais fáceis de aplicar, duas camadas bastando para um resultado impecável e, embora possam pensar que é "apenas" mais um verde, a verdade é que é um verde diferente. Luminoso mas pastel, suave mas vibrante.... toda uma esquizofrenia em forma de gosma que é altamente agradável de se ter nas unhas. 

Cliché - Cancun

O Bali é daqueles que a gente olha e pensa: mais um rosa. Mas, tal como o seu primo Cancun, a maneira como ele fica nas unhas é um bocadinho mais interessante do que a premissa da cor. É um rosa diferente, meio sujo, com um toquinho de cinza, que lhe dá uma nova dimensão, uma vida mais rica do que seria de esperar. Três camadas.

Uma coisa chata no Bali e, pensando nisso, também em alguns dos outros, é que ele possui as chamadas - e desculpem utilizar aqui um termo técnico - merdinhisses, não sei se na fórmula, se no pincel. Sabem quando uma pessoa está pacatamente a tentar fazer um bom serviço e, quando dá por ela, tem bodeguisses pretas na superfície da gosma? Manda Murphy que isso aconteca particularmente durante a utilização de um verniz claro, pastelzinho e etc. Não sei bem dizer se são pêlos, se é, lá está, merdinhisse que cái para dentro do caldeirão da gosma, mas sei que aconteceu no Copacabana, no Cancun e no Bali. Nos outros ainda pensei que, sei lá, estava a cair fuligem aqui do tecto, mas quando cheguei a este já deu para perceber que a fuligem que cai é do tecto da fábrica da Cliché.

Cliché - Bali

Grande plano da merdinhisse

Mais uma voltinha no Globo e vamos parar às Seicheles.

Digo Seicheles porque sou portuguesa e não faz sentido utilizar um estrangeirismo quando não há necessidade disso. Mas se eu quisesse armar ao pingarelho diria Seychelles, que já ficaria com alto sotaque e etc. O que eu não diria é Seychells, porque isso não existe e é francamente tosco.

Se calhar era parar de pedir a cabeleireiras da Brandoa para fazer os rótulos dos vernizes, certo?

Seja como seja, lindo tom de azul, limpo, profundo, altamente brilhante, e fácil de aplicar. Recomenda-se. Só não mostrem é o frasco a ninguém, que é um bocado chunga aquilo do Seychells.

Isto faz-me lembrar malta que diz George Bâsch, a pensar que faz alto sotaque para Bush.

Cliché - Seychells (não vale rir)

As Maldivas (estas sim, Ilhas), perturbam-me desde cedo por eu achar que fazem parte de um grande plano mundial para me enlouquecer. Sim, tenho essa megalomania, a de achar que nomes são dados a inteiros arquipélagos tendo como unico propósito zombar comigo!

É que me perturba comó camandro que haja Malvinas e Maldivas e que ambas sejam ilhas! Isto tem a exclusiva intenção de me baralhar e confundir.
Tal como as ilhas, assim é esta cor. Ele é um coral? Sim e não? Um laranja? Meio, meio. Ele é um rosa alaranjado no qual foi deixado cair pó de tijolo. É unico e lindo. Uma cor encantadora, mas que confunde-gatos na hora de a descrever. Baralha até a objectiva da Canon que teima porque teima em a mostrar laranja. Três camadas.

Cliché - Maldivas

Para encerrar com chave de cáca, o Hawai.

Na sequência das Seychells, eis que a cabeleireira da Brandoa ataca novamente e nos atira com o pretensiosismo do W, sendo que, cá em terras de D. Afonso Henriques, sempre se conheceu este estado americano como Havaí. Mas devem achar que um W manda sempre aquele ganda balanço da gringuisse e que isso trazia tip' prestígio à marca e máinãoseioquê, e vai daí pumba. No entanto, ou é Havaí (à portuguesa), ou se é para se armar em cámone, terá que ser Hawaii. Hawai é um aborto linguístico que, mais uma vez, me dá uma vergonha alheia do cacete.

Este foi o pior de todos de aplicar, believe it or not (já que estamos numa de arrotar postas de hake), sendo altamente ralo e dificil de controlar. É aguado demais e com três camadas não tapou o risco da unha. 

Cliché - Hawai (continua a não valer rir)

Ah que lindo! Ficaram restos das Seychells debaixo da unha do dedo feio. Bonito!

Avaliação final desta colecção da Risqué Cliché: gostei porque aprecio estes tons. Acho fofo e etc. Podiam ser mais pigmentados, principalmente ali ao nivel do 50º estado americano e até mesmo ao nivel da Princezinha do Mar (ahan, Copacabana). Os nomes são de tirar as cuecas pela cabeça!! A sério, façam lá um esforçozinho para melhorar isso, porque é muito, muito mau! Os nomes também vendem a gosma! Acreditem que, tal como o Pedro Lamy, tenho cara de criança mas disto percebo eu (chiça, quem aqui é velho o suficiente para entender essa referência?).

E é isto. Agora deixem cá googlar qual o novo lançamento da Risqué, que é para eu ter um preview do que a Cliché nos vai fazer no futuro. Sim, porque mandar uma porra de um mail a uma 'ssoa, de forma a terem publicidade gratuita, tá quieto! Deve ser a cabeleireira da Brandoa que está in charge do Depto. de Marketing. (uma ultima caganzisse para terminar no clima da marca)  

NOTÍCIA DE ÚLTIMA HORA

Já sei (e já possuo em minhas mãos) qual a próxima colecção da Risqué Cliché! AH AH AH! Já nem se dão ao trabalho de disfarçar. A Risqué lançou o I ♥ Dogs e a Cliché, não vai de modas, acaba de lançar o I ♥ Cats! Azul Russo, Exótico, Angorá, Havana, Siamês e Persa são os bichanos que já miam por essas bancas afora. Fica a faltar o equivalente do Cocker da Risqué, mas acho que a Cliché só lança 6 cores de cada vez e que, por isso, abandonou esse bichano à sua sorte.
Em breve, cenas dos próximos capítulos.