Chiado - Inocos

Olá.
Tudo?
Tudo!
Sinceramente não sei se o vernizucho de hoje foi baptizado com uma designação geográfica ou com um advérbio. A minha dúvida tem razão de ser uma vez que sim, conheço perfeitamente o Chiado, zona mítica da Baixa Lisboeta, mas a verdade é que um chiado foi o que eu soltei quando abri a caixinha da Inoeh e lá de dentro se me saltou esta fofura aos olhos! Sim amigas, é verdade.. confesso... chiei de prazer!
Aliás o verbo chiar, reparo agora, é delicioso! Eu chio, tu chias... assola-me de repente a dúvida: como fica a segunda pessoa do plural? Vós chiais? Fabuloso!
Enfim, mas divago...
Sei que estão doidinhas para ver o Chiado e eu aqui, a empatar-vos na Rua Augusta! Sigamos então, passemos o Rossio e entremos Rua do Carmo acima... (agora ouvir-se-ía aquela incontornável musiqueta dos UHF, mas a verdade é que o António Manuel Ribeiro é simplesmente feio demais para vir para aqui, com os seus três pêlos, emporcalhar a beleza deste verniz!).
Bom, entramos pela Rua Garrett, aplicamos 3 camadas desta gosma fofa na unha (3 no meu caso que as fotografias não perdoam! Para as meras mortais bastam duas camadas que fica um espectáculo! Juro!), elas secam tão rápido que quando chegamos ao cruzamento que dá para a Rua Ivens já a unhaca está perfeita. O brilho é tal que na Igreja do Loreto e na da Nossa Senhora da Encarnação já se rezam missas pelo topcoat que entregou a vida ao Criador por se sentir tão inútil face a este vernizucho.
Eis que chegamos ao Chiado:

Inocos - Chiado

Agora digam lá que não foi passeio que valeu a pena?! Lindo, lindo, lindo!! Uma coisa tão fofa que até dá pena que já lá não esteja o Grandela e o José Eduardo Martins para verem (e venderem) isto! Apenas Camões o pode admirar, do seu largo, e Pessoa lhe atira com um soneto ao pincel e à tampa a partir da sua mesinha cativa n'A Brasileira. Mais uma vez tudo se encaixa e tudo faz sentido! A Brasileira é no Chiado, e este Chiado foi feito no Brasil! Ele há coisas... chega a ser poético amigas, chega a ser poético!