Tudo?
Tudo!
Antes de começar o post propriamente dito, deixem que solte a alarve gargalhada que trago presa dentro do peito:
HA HA HA!!!!!!
E notem que foi HA HA HA, e não AH AH AH. A diferença é subtil, mas quando o riso começa pelo som RÁ, é sinal que é daqueles que não simboliza tanto divertimento quanto certa perversidade e malvadez.
A minha risada cáustica advém do facto de a Cliché ter perdido toda e qualquer vergonha que possa ter tido no passado, e ter assumidamente se transformado no gémeo malvado da Risqué.
Quando num post passado mencionei, ironicamente, que bastava seguir a cronologia dos lançamentos da Risqué para saber o que a nossa lusa Cliché ía oferecer às unhas das bebés de Portugal City, não estava tanto convencida disto quanto estava jocosa, uma vez que duas das colecções com que fomos brindadas, eram clones exactos de colecções da Risqué.
Mas ainda a palhaçada não tinha acabado de sair da minha boca e já a Cliché estava a fazer da minha pessoa uma Nostradamus das Gosmas! Ele há coisas do... bom, sei-vos dizer que a Risqué tem a I ♥ Dogs e agora a Cliché tem o I ♥ Cats! I shit you not, pessoas! Isto é do mais verídico que pode haver.
Sigamos para swatches então.
Primeira bicheza a miar nas unhas da vossa idolatrada bebé, é o Azul Russo. Originalmente chamado de gato arcanjo, o azul russo foi exibido pela primeira vez na Inglaterra em 1875. Este gato muito semelhante a um europeu de pelo curto, embora a personalidade seja diferente. Como regra, precisa apresentar olhos verde-escuros e uma pelagem cinzenta azulada que lhe dá o característico nome. Se o gato em si é um animal lindo, a gosma não lhe fica atrás. Duas camadas bastaram para que este bichano ronronasse puro amor brilhante nas minha epiteliais mortas da ponta dos dedos. Um azul todo ele permeado de notas cinzentas, um piscar de olhos malandro ao Blue India da MAC. Brilho fantástico, cor de chorar lágrimas de tolueno.
Depois, vem o Exótico e bufa-se-me ao Azul Russo, para que este se me dê de frosques. Vai daí, em duas camadas se deita a dormir na minha unha.
O gato Exótico existe como raça desde cerca de 1960. Eles são uma mistura de um Longhair persa e um gato de pêlo curto americano. A Exótico é também conhecido como Shorthair exótico.
O Exótico gato, é robusto e encorpado. Caixa córnea forte, c'rpinho r'busto, todo teso! Já o Exótico gosma é o oposto. O acabamento deste tareco é jelly, o que faz com que o branquinho da unha nunca seja completamente coberto. Mas ele é um cerise brilhante e atraente para quem aprecia o tom. Não é o meu caso, que acho estas cores demasiado whatever, mas acredito que seja uma mais valia para munta bebé.
O gato Angora é uma das raças mais antigas e naturais, tendo surgido na região de Ancara, na Turquia. Estes gatos são conhecidos na Europa desde o início do século XVII. A raça de hoje trata-se de uma recriação artificial que trouxe grandes melhorias para a pelagem do animal, e também aumentou a variedade de cores. Nas histórias em quadrinhos da Turma da Mônica, Mingau, o gato de estimação da personagem Magali, é um típico da linhagem angorá. O branco e o laranja com dois tons têm sido tradicionalmente a cor mais representativa dos Angorás turcos. Foi a única cor aceita no início. Porém, atualmente, todas as cores são aceitas com exceção daquelas que demonstram um eventual cruzamento com gatos siameses. E agora pergunto eu: e será que cinza perolado meio blhéc, é cor aceite para angorá? Para camisola de angorá, maravilha! É uma cor que combina com tudo. Agora para gosma para as unhas é que vai do gosto de cada um. Eu não apreciei de maneira loucamente apaixonada este visco, mas sei que ele lá terá o seu público alvo. Uma coisa posso dizer em sua defesa: lá pelo meio da fórmula ele possui um nano-mini-micro glitter violeta que lhe dá um milésimo de piada a mais, coisa que sempre ajuda. De resto, duas camadas e o animal está pronto para seguir para bingo.
O Havana (Brown) também é conhecido como o gato da montanha suíça e era bem conhecido na Inglaterra desde o início de 1980. O gato recebeu este nome porque a sua pelagem castanha escura, chocolate, se assemelha à cor dos charutos cubanos. Eles são um parente próximo do Siamês, e são muitas vezes cruzado com eles por causa da raridade do pedigree dos Havana Browns. Este é, sem dúvida, um gato que não se importa de ser classificado como doméstico. Eles não apreciam caçar e estar ao ar livre. Gostam de estar perto de pessoas, seguir os donos pela casa fora, e é bicheza para apreciar um carinho e uma festinha a cada oportundade que apareça. Esta raça tem uma voz muito suave e raramente mia, a não ser que esteja em perigo. Os Havana Browns também são excepcionalmente inteligentes, e muitas vezes podem reconhecer certas palavras se as ouvirem repetidas vezes. Eles também usam as patas para interagir com seu ambiente. Tentando abrir armários, apontando para as coisas, e manipulando pequenos objetos de interesse de uma forma mais parecida com um macaco do que um gato.
Tanta palheta para dizer que a gosma escolhida para representar um gato castanho, foi um lilás.
Só que este bichano foi, para a bebé, o seu miau favorito! Lilás LINDO, entristecido com cinza mas em muito alegrado com micro-glitter violeta que lhe dão toda uma nova dimensão de beleza e chiquetura! Amei, amei, amei! Fumava-o todo! Duas camadas.
Acredita-se que a origem exata da raça seja o Sudoeste Asiático, mais especificamente o Sião (atual Tailândia), onde eram tidos como o gato da realeza e mantidos em templos sagrados. De lá foram levados para a Inglaterra, em 1884, de onde se espalharam para outras partes do mundo.
As características mais marcantes são as zonas de coloração mais escura, que cobrem a máscara, orelhas, pernas, patas, cauda e no saco escrotal (no caso de ser um macho). Essas zonas, também chamadas de "pontas", "marcações", "marcas" ou "sinais" e são identificadas com o termo inglês adotado universalmente: points ou colourpoints. A cor do point contrasta com a do resto do corpo que é branco ou sombreado.
Uma coisa a dizer dos siamêses é que, além de serem estrábicos, ainda por cima são uns chatos do catano uma vez que "falam" muito! Para quem não aprecia um miar constante, não se aconselha a que escolha um destes gatos cantores.
Porque é que a gosma que representa o siamês é verde? Não sei. Nem os olhos destas magníficas bichezas podem ser verdes. O olho azul, torto, de cor profunda, é uma das obrigatoriedades do pedigree da raça.
Se ignorarmos essa aleatoriedade na utilização da cor Vs. gato, dizemos só que são duas camadas super fáceis de aplicar que nos dão às unhas esta cor linda. Um verde com menos amarelo que o Cancun (já sei que muitas se perguntarão se não se trata da mesma cor), mais muted, mais leve. Micro brilhos prateados, quase imperceptiveis, dão-lhe uma aura de mistério que, nisso, bate certo com a real gateza dos olhinhos tortos.
Se ignorarmos essa aleatoriedade na utilização da cor Vs. gato, dizemos só que são duas camadas super fáceis de aplicar que nos dão às unhas esta cor linda. Um verde com menos amarelo que o Cancun (já sei que muitas se perguntarão se não se trata da mesma cor), mais muted, mais leve. Micro brilhos prateados, quase imperceptiveis, dão-lhe uma aura de mistério que, nisso, bate certo com a real gateza dos olhinhos tortos.
A história dos gatos Persa tem início no século XVII, quando um viajante italiano chamado Pietro Della Valle passou pela Pérsia (atual Irão) e trouxe consigo alguns dos belos gatos que andavam pelas ruas locais. Ao chegar a Itália, imediatamente esses gatos ganharam a simpatia das pessoas devido a sua pelagem macia e brilhante. Porém, a moderna raça persa surgiu somente no século XIX, quando esses gatos criados na Itália foram levados a Inglaterra, onde sofreram cruzamentos com gatos da raça angorá. Os persas são gatos muito procurados por pessoas que vivem em espaços pequenos, como apartamentos, pois seus miados são baixos e pouco comuns, além do fato desses animais apresentarem um forte apego ao seu dono.Os gatos persas são meigos e carinhosos.
Aquela maldade de apurar a raça até ao ridículo de quase lhe retirar nariz, acho execrável. Mesmo que não achasse estéticamente medonho (que acho) a verdade é que "beleza" não justifica os problemas de saúde que este apuramento tras aos gatos, que são muitos. Além das óbvias dificuldades respiratórias, há várias outras mutações que lhes dificultam a vida.
Tomás |
O Persa da Cliché é mil vezes mais simples de tratar do que um mimado Persa felino. É um azul médio, com boa opacidade, e que nos perturba por parecer simultaneamente vibrante e sereno. Ele tem um cheirinho a cinza que lhe corta na braveza e que lhe dá um encanto sublime a todos os niveis. Sei que muita bebé se vai apaixonar por este miau-miau, fru-fru. Duas camadas.
Cliché - Persa |
Na versão canídea da Risqué haveria ainda um nude rosado, com brilhinhos, que no caso dos béu-béus seria o Cocker.
Aqui, como a Cliché embala as suas gosmas em paletes que possuem seis buraquinhos lado-a-lado, não deve ter dado jeito fazer a gosma extra e vai daí, abandonaram o animal. Que feio isso!
Posso sugerir o Sphynx? |
Nota final para dizer que tudo bem que isto é uma cópia descarada da colecção da Risqué e tal, mas pelos vistos a qualidade é bastante superior, o preço é bastante inferior e é hipoalergénico.
Se acho bonito imitações? Nem por isso. Se acho que a Risqué até que merece? Sem dúvida! Se quer vender a sua baba da cobra antes de haver uma chance de cópia, então que trate Portugal como país de primeiro ou, pelo menos, segundo mundo, e nos envie as colecções novas com menos de dois anos de atraso! Assim já a Cliché não tem hipóteses de ser a primeira a aparecer com estas fofuras no mercado. E querem saber também? Pfffff, para a Risqué! Eu sou 'ssoa para apreciar todos os animais do mundo. Até de ratos eu gosto. Mas admito que sou uma cat person. Tenho cinco gatos dos quais gosto como se os tivesse parido eu mesma. Com este golpe de mestre de lançar uma colecção de miaus, a Cliché amoleceu o meu emperdernido coração que há muito guardava rancor da marca, e vai que até lhes vou dar um certo benefício da dúvida de agora em diante.
Vá pessoas, se puderem levar um gato verdadeiro para casa, façam-no que, infelizmente, há muito tareco a precisar de um lar. Se não puderem é melhor não levar do que levar e abandonar. Nesse caso adoptem um destes. Não largam pelo e também são bonitos.