Tudo?
Tudo!
Prontas para um post fotoquilométrico, onde se exibe mais uma cópia de uma colecção da Risqué? Ainda bem.
Acho eu, digo eu de que, assiste-me o pensamento que, por esta altura, aquilo que poderíamos considerar um plágio recorrente da Cliché é já uma coisa assumida e encarada com normalidade pela marca. Se em tempos passados a "inspiração" literal que foram buscar à Risqué foi alvo de "uhhhs" e "ahhhs" por parte de muitas, hoje em dia é só um "ahan" banal e quase que cúmplice oriundo das mesmas outrora escandalizadas bebés. O que não faz a habituação, certo? Até um piqueno crime de clonagem industrial é encarado com naturalidade. Contra mim falo, que me estou bem marimbando para o lado moral da coisa. A Risqué não quer que a pobre Cliché a copie? Chegue primeiro ao nosso mercado, homessa! Enquanto eu entrar numa loja e a colecção "Jóias Místicas" for a "novidade" Risqué à venda, caguei e andei para o fincanço de dente clichézico no gordo lombo da marca brasileira.
"Tenho que Ter" é a colecção à qual a Cliché se atirou desta vez, transformando-a na colecção "Moda".
Vamos ver a coisa?
Para já começo por dizer que, tal como a própria colecção da Risqué não me entusiasmou absolutamente nada quando a vi em blogs da vida, também o lançamento da Cliché me deixou indiferente.
No entanto, assim que vi os frascos ao vivo, confesso que a modos que me entusiasmei com o que vi. As gosmas no frasco são muito mais interessantes que na net.
No entanto-parte II, conforme os pincelei nazunhas, a desilusão voltou. Não que sejam MAUS, apenas são whatever, na minha opinião fecal.
O ciclo foi: whatever-eh lá!-whatever.
Duas camadas cada gosma que vos vou mostrar e, ao contrário do que eu deduzi que seria, a gosma é líquida e menos pigmentada do que deveria ser. Mesmo assim cobre com duas camadas e seca depressa. É só por dizer que o look encorpado que eu pensei que obteria destes bebés foi-se com as couves.
Começo por vos mostrar o Vermelho Fundamental! (sim, com "!". Toda a colecção da Risqué é altamente entusiasmada e vibrante e munta maluca e cheia de exclamações e o caraças.), que na versão da Cliché é o Chic. Embora a Cliché peque por nomes imbecis, neste caso ganhou por milhas à Risqué. Vermelho?? A malta na Risqué anda a cheirar acetona a mais. Se isto é vermelho eu tenho, no mínimo, sangue roxo.
O Novo Azul! (wow, #todasgrita Novo Azul!!!) é aqui substituído pelas medidas que a Sofia Aparício dizia ter nos anos 90. 86-60-86 não é o número de um Irmão Metralha mas é a peida, mamas e zona à volta do umbigo que uma modelete deve ter, dizem.
Eu quase que jurava que isto era um azul a armar-se ao Blue Satin da Chanel, mas nada a ver afinal. Nem azul isto é. É um hibrido azul arroxeado, com aquele efeito meio glass fleck, que não deixa de ser deveras original. Não contava! O malandro apanhou-me de surpresa.
Cliché - 86-60-86 |
O Cinza Incerto! (incertooo!!!! Juraaaa??!!!) era o único da colecção original que eu tinha desejado ter. Ainda o devo vir a receber, embora agora seja, de certo, menos entusiasticamente recebido em meu regaço.
Isto porque tenho o Look para o substituir. Desta feita, e retirando a exclamação tosca, o nome que a Risqué escolheu bate mais certo com a baba colorida. É um cinza incerto. Por vezes juramos que é cinzento, outras vezes é óbvio que se trata de um castanho café-com-leite, garoto clarinho...
O que lhe dá toda a piada são os brilhinhos dourados que o deixam com a cara do losho.
Cliché - Look |
Quando peguei nos Clichés, o que mais me deixou arfante foi a versão do Violeta Chic! (Meldelsdocel! A Violeta é Chic!!!!!!). Na versão lusa sendo o Desfile, eu pensei que seria uma espécie de Audrey da Impala, mas mais encorpado. Um roxo violetáceo meio cinza, entristecido, especial.... mas não. Uma coisa que acontece é que ele seca bem mais escuro do que aparenta ser no frasco. Bolas! É um malva a atirar para o castanho. Não é que seja feio, mas não é aquelaaaa coisa tesuda que eu tinha imaginado.
Cliché - Desfile |
O Verde Diferente! (arghhhhhhh!!!!! Loucura!!!!!! É SUPER diferente!!! É um verde que é verde!! Wow!) transforma-se em Salto Alto na linha de montagem da Cliché. Se quando o vi nas imagens de lançamento foi o que menos gostei, quando o apliquei na unha foi o que menos gostei também. Às vezes passo-me com a minha própria coerência! Já não se fazem pessoas assim.
Verde coiso, com brilhos metálicos blhé. Deslavado e doentío. Cor de Vanda, do Sport Billy.
Cliché - Salto Alto |
Por fim, o Marrom que Faltava! (Faltava! Já não falta!!! VIVA!! Ái que se me dá uma coisinha!!!!), que agora é o Fashion e que é, em termos de nome, a coisa mais irónica EVER! Marrom que Faltava??? A quem? Não à própria Risqué, que já nos tinha oferecido esta cor com os nomes de Jazz, Fetiche, Vision e Expresso e muito menos à Cliché que tem cerca de duzentos e vinte seis vernizes iguais a este. Nunca vi uma marca tão obcecada com aquela que é, para mim, a cor mais feia do mundo das gosmas. Se eu lá quero andar com as unhas como se tivesse limpo o rabo sem usar papel! Odeio unhacas castanhas! Se vocês amam e acham fashion, maravilha! Apanhem já este marrom que faltava. Se não, levantem aí a mãzozinha desse lado e dêem-me um high five virtual. 0/
O que ainda o safa ligeiramente é o facto de ter micro-brilhos dourados na formulação, o que o afasta um pouco da conotação fecal que lhe atribuo. Afasta, mas pouco. Cocó de Midas, é basicamente o que isto é.
Cliché - Fashion |
E voilá! Na passerelle que é este blog, acabou de desfilar a colecção que a Dª Milú, modista de bairro, fez a pedido da Dª Fernanda, que viu as roupinhas na Burda Moda e pediu que lhe fizessem umas iguais.
Como sempre, as gosmas da Cliché não contêm Tolueno e nem Formaldeído, coisa que a Risqué não pode dizer. Como sempre também, cada um destes meninos custa 1€, coisa que a Risqué também não pode dizer. À partida encontrar-se-ão facilmente na chinezada do costume coisa que, mais uma vez, a Risqué... pois.
Então filhas, mal por mal, dêem dinheiro a ganhar à Cliché. Neste momento de crise é a coisa mais patriótica a fazer.
Ainda dizem que isto de pintar as unhas que é futilidade! Nahrim, nahrim! É uma ajuda à economia. Perguntem lá ao José Gomes Ferreira se não!