Swatches Cliché I ♥ Cakes - Parte I

Olá.
Tudo?
Tudo!
Preparada para umas guloseimas boas e valentes? Daquelas que nos fazem salivar abundantemente? E, num momento que é practicamente um prémio Nobel da Física Quântica Gastronómica Celular, umas guloseimas que não engordam, pelo contrário??
Então abocanhem lá estes seis bolos da Cliché, como se não houvesse amanhã e como se o amanhã, em existindo, não envolvesse bikinis.

Mais uma vez tenho que mencionar o seguinte: Cliché!! Sou tua amiga! Faz um favor ao mundo e, em especial, a tí própria e MELHORA ESSA IMAGEM, amiga!
Os press releases das colecções da Cliché são do mais medíocre que há. As cores nunca batem com a realidade, o layout é pobrezinho, mal iluminado, pixelado e com aspecto de publicação de pasquim da extinta URSS. Aquilo é tipo o Avante dos vernizes. Não dá! Onde está o brilho? Onde está o factor "QUEROESTAPORRAJÁ"? Por favor!!
Então uma pessoa olha para aqueles nadas que eles publicam na sua página pobrezinha de Facebook, e fica com aquele gostinho de whatever na boca. Vontade quase zero de comprar mais do mesmo.
Como eu, mesmo assim, sou fã nº 1 desta marca lusitana fabulosa, eu dou o benefício da dúvida e vou presencialmente ver as cores. E é nesse momento que tudo se altera, e passamos de um "dispenso" a um "quero todos".
Vamos começar pelo Duchesse. Bolo que eu, pessoalmente, não aprecio, uma vez que não gosto destas cremongas brancas, natongas e chantillizongos e blhac. Os diabetes que gostaríam de possuir este lindo corpinho fazem grrrrrrrrr e o rabo gigante agradece.
Mas aquilo que eu desgosto em forma de pastelaria fina, eu adoro em termos de gosma.
O Duchesse é um visco muito, muito clarinho, que se confunde com o Travesseiro. A diferença é que o Duchesse tem um tico de verde enquanto que o Travesseiro tem um tico de azul. Mas estão no nível daqueles dois gémeos verdadeiros cuja mãe só os distingue por uma sarda na ponta do nariz.
O que é mais inacreditável neste azul/verde/branco super claro e quase que correctivo é que, ao contrário de todas as expectativas, não precisa de sete mil camadas para ficar impecável. Eu, por exemplo, só usei duas e fiquei muito satisfeita.

Duchesse - Cliché (I♥Cakes)

Reparem no novo dístico de 3Free do bicho. Apreciei.

Apreciei mais ainda este Feito Em Portugal! Caramba, até ouvi o Hino a tocar dentro da minha cabeça! E podemos sempre dizer que até nem queríamos comprar mais gosmas, só o fizemos por motivos puramente nacionalistas e patrióticos. Obrigada por isso, Cliché!

Next bolo, o Caracol. Ahhh, as memórias de infância... quando a malta era pequena a maioria dos bolos eram um bocado deprimentes, e o Caracol está nessa categoria. Falo de farinha com açúcar, enrolada em espiral (uiii), e decorada com pedaços de lixo aka. frutas cristalizadas.
A fruta cristalizada é muito filha da mãe uma vez que decora com apelativos pontos de cor mas, quando a malta vai a ver, não passam de cascas de fruta embebidas em ultra enjoativa calda de açúcar. O Caracol, quando lá vinha na minha direcção na Pastelaria Lisboa, tinha que ser completamente esventrado de modo a que eu retirasse todos estes pedaços de doce nada lá de dentro. Um desperdício de tempo e da palavra "bolo".
Na sua versão gósmica são duas camadas de puro amor! Um verde amarelado vibrante, cítrico fofinho, com um pé no neon e outro no pastel. Um mimo.

 

Caracol - Cliché (I♥Cakes)

Baba é um bolo que nem nunca comi. Cheguei a provar do prato de alguma criatura que tenha insistido comigo para ver como é bom  e tal, mas a tentação de enfardar um todo sozinha, confesso que não. Mais uma vez a questão das cremongas.
Para quem aprecia, acho que é realmente uma especialidade, embora para mim seja sempre aquele elefante com coroa que habitava os meus livris infantis.
O Baba da Cliché é bem menos enjoativo, uma vez que é um verdinho claro, mais suave do que o Caracol e igualmente fofo. Tal como todos os outros bolos, duas camadas de puro amor.

 

Baba - Cliché (I♥Cakes)

São Marcos. Mais um bolo que não me passa pelo estreito e, por esta altura, todas vocês já pensaram uma de duas coisas: chiça, que é esquisita - ou - porra, que é maluca.
Ok, ok, entendo a vossa frustração, mas eu é mais batatas fritas. Uma vez que não aprecio natas e/ou chantilli, o mundo da doçaria fica muito restrito para a minha pessoa. De resto São Marcos só me lembra coisas lá para a linha de Sintra, tipo redondezas do Dolce Vita ou assim...
O São Marcos gósmico é, no entanto, altamente apetitoso.
Um lilás médio, respingado de rosa, fácil de usar e que combina com tudo. Ultra fofo.

São Marcos - Cliché (I♥Cakes)

"Querem lá ver que esta sorna se me vai dizer que não gosta de Bolos de Arroz, querem lá ver, querem?!?!?" - calma, nervosas leitoras! Um bolinho de arroz sim, cai sempre bem. Ok, não sabe a grande coisa. Pouco mais é do que farinha e açúcar, assados com papel vegetal à volta. Mas quem não aprecia esse ritual de retirar a tira de papel e, em alguns casos, a rodela de papel do rabo do bolo? E quando a malta está habituada a comer disto sempre no mesmo sítio, um onde a tal rodela não se usa, e depois vai a outra pastelaria, manda uma dentada num bolo de arroz, e fica com o papel pendurado na boca, como se uma língua de cão se tratasse? Ahhhh... a mística do bolo de arroz! E depois temos vários tipos de personalidade que se podem avaliar pela forma como comem o bolo. Os que vai tudo a eito, sem método nenhum em particular. Os que retiram aquela tampa que fica acima do papel, onde está aquela crostazinha de açúcar duro, para se deliciarem com ela primeiro. Os que retiram a tampa, comem primeiro o tubo amorfo de esponja doce e guardam a tolinha gostosa para o fim.
Confesso fazer parte deste último grupo, da mesma forma que, em miuda, comia a bodega do bifinho de peru primeiro para, no final, poder comer tranquilamente as batatinhas fritas.
Mais gostoso até do que este bolo psicológico, é a gosma que com ele partilha o nome.
Lindo, lindo, lindo! Um lilás com fundo de azul, um alfazema a querre fugir para o céu. É lindo, é fofo, é a capinha de açúcar desta colecção.

Bolo de Arroz - Cliché (I♥Cakes)

A primeira parte deste balcão de pastelaria, a Cliché encerra com o meu bolo favorito destes que aqui vimos. Uiiii, massinha folhada recheada com doce de ovos! Uiiii.... as minhas nádegas alastraram uns 5 cms só de pensar no "cronf" que aquilo faz quando se lhes enfiamos o dente.
E depois ficamos todas besuntadas de açúcar na boca, na cara, no nariz, na roupa toda.... quando a malta se vai embora, tem que ser pela calada, para que ninguém veja a javardice que ficou naquele pires, naquela mesa, naquela cadeira, naquele chão... e saímos a assobiar baixinho para que ninguém saiba que fomos nós. nós que levamos açúcar no cabelo e no casaco, quase uns anúncios andantes da Linic...
Bom, antes que entre pelos méritos de Travesseiro de Sintra, mais específicamente, e assim necessite de um banho frio, vamos mas é falar da gosma.
É quase o Duchesse lá de cima, mas mais azul. Pronto. É isto.
Mo entanto lindo e maravilhoso e dos tais que SEI que vou usar mais vezes, uma vez que dá uma maravilhosa base para carimbar e/ou encher de indies glitterinosos. Tal como todos os outro, duas camadas apenas. Morram com isto!!

 

Travesseiro - Cliché (I♥Cakes)

Então calorias zero, ainda com a possibilidade de gastarmos neles as moedinhas que depois não vamos ter para comprar bolos dos que engordam e enchem o traseiro de celulite, por isso isto até devia ser vendido como um novo e revolucionário método d emagrecimento. Sempre era mais credível do que aquelas alcachofras de Lahón, ou sei lá o que é aquolo, que até emagreçem mais rápido se comprarmos duas embalagens.
E se acharam estes bolinhos irresistíveis, esperem pela segunda parte da colecção. Esses eu estou a embrulhar para vocês comerem mais logo.