Dermacélsia - 54

Olá!
Tudo?
Tudo!
Pela lógica da cronologia hoje dever-vos-ìa (adoro estes tempos verbais manhosos!) apresentar o disquinho nº 5 dos Roxy e respectivo verniz (não pensem que com o fim-de-semana pelo meio eu me esqueçi!!)... mas o quinto foi logo o primeiro e o culpado-mor de todo este festival, portanto não dá.
Saltemos o número cinco e passemos ao sexto albúm, o Manifesto.
Após o Siren o Sr. Ferry devia estar muito ocupado a tirar as escamas à amiguinha Jerry Hall e então não esteve para fazer musiquetas para os Roxy e tal... assim sendo entre o quinto e o sexto disco houve um considerável hiato (eh lá!!) de tempo. Manifesto será editado em 1979 e nem por isso lá muito bem vindo!
Falo por mim e na certa por muitos fãs de Roxy ao dizer que é um bocadito p'ro chunga, nada a ver com as velhas glórias roxymusiquescas de antanho... mas pronto! Fazer o quê? Até uma banda como os Roxy podem falhar não é verdade? Assim de cabeça, que me lembre, só os Beatles nunca editaram um album fanhoso, mas também convenhamos: esses sacanitas não eram humanos, eram no mínimo deuses ou descendentes de Atlantes ou emigrantes de Alpha Centaurii ou qualquer coisa assim do género... não contam para fazer comparações.

O que é mais chato é que nem a capa do disco se aproveita para eu ficar aqui a tecer as mais fantásticas elocubrações (Catano! Estou mega culta hoje!!)...

Vejam-se-me lá que o homem lembrou-se de enfiar manequins na capa! E não, nada de manequins das passadeiras de moda e nhénhénhé... manequins de plástico mesmo! Daqueles que a malta via nas montras da Maconde! Affffff.......

Com esta conversa toda esta é a primeira capa até agora, e olhem que já lá vão CINCO, em que não posso dizer que a fulana da capa era a namorada do Bryan Ferry na altura... embora não meta as mãos no lume por aquela louraça de vestido azul alí do lado direito... mas divago...

Bom, uma capa cheia de gente de plástico com cabelos de poliéster... quase um evento na Quinta da Marinha mas sem a Caras presente para fazer uma reportagem.

Seja lá como for fiz um esforço monumental para retirar algum sumo desta marmelada toda... difícil! Os gajos é que fazem um disquinho morno e eu é que tô aqui a dar o corpinho ao Manifesto (bom, pelo menos lá meti um trocadilho fajuto com o nome do album!) a tentar validar esta coisa chocha... bláblábláwhiskassaquetas, vou mas é mostrar o vernizinho:

Porquê este? Porque é parecido com o vestido da louraça e com as maquilhagens que se usavam circa 1979...

Se é um argumento original para a escolha? Não. Mas de original este disco e esta capa também tem muito pouco, então por hoje ficamos por aqui.

Ok, ok... o disco não é assim tãooooooooo mau, mas não é fantástico. E aliando isso ao facto de hoje ser segunda-feira não queiram mais de mim... 

Ah, embora os louvores acerca do Manifesto tenham ficado um pouco aquém do esperado, não posso deixar de dizer que isso em nada retira do Dermacélsiazinho que foi escolhido para o acompanhar! Este verniz tem boa pigmentação, alto brilho, cobertura mais do que razoável e atrevo-me a dizer que é um dos melhores Dermacélsias que testei até hoje. Quanto mais não seja porque não fica aquele bocado branco da unhaca a ver-se, coisa que eu detesto solenemente!

Então é apenas infeliz que ele esteja a ser associado com um disco que não me aqueçe assim tanto... mas quem disse que a vida é justa?